
Ao longo da vida, muitas lembranças e sentimentos vão sendo armazenados dentro de nós. Alguns, destes sentimentos são benéficos e saudáveis; outros, no entanto, são nocivos e perturbadores. Reter no coração sentimentos é uma ameaça a um futuro de paz.
Grande parte dos problemas emocionais ocorrem porque, em geral, não manifestamos nossos sentimentos no instante em que eles surgem. Vamos adiando a sua expressão e colocando dentro de nós, sem nos darmos conta, uma bomba de efeito retardado. Algum dia ela vai explodir!. São os sentimentos mal resolvidos. Essa dificuldade de expressar os sentimentos diante de situações que nos ferem e causam sofrimento imediato, revela nossa insegurança, nosso medo à rejeição ou mesmo, nossa dificuldade em lidarmos com as nossas próprias fragilidades.
Todas as vezes que deixamos de expressar nossos sentimentos em relação a algo que acabou de nos acontecer, estamos criando uma "dívida emocional". Fingimos, por exemplo, esquecer as pessoas que nos feriram. Todavia, esse "esquecimento" um dia vem à tona e, conforme sua intensidade, pode desencadear uma reação explosiva. Quanto mais antigos forem os sentimentos bloqueados, mais confusos eles se tornam e mais imprevisíveis serão os seus efeitos. Um sentimento recente se une a outro mais antigo, vai ganhando forças para se extravasar, e as conseqüências serão danosas.
Sentimentos como raiva, medo e culpa podem ser chamados também de "doenças de armazenagem". Via de regra, ficam depositados dentro de nós, numa espécie de "banco emocional". O problema é que tornam-se uma "dívida emocional", que um dia terá de ser resgatada. Nenhuma dívida emocional é saudável. A Bíblia ensina: "a ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor".
O espaço de tempo entre a dor e a nossa reação é que constitui a dívida emocional. Os sentimentos em vez de serem expressos de maneira adequada, são retidos e "esquecidos" em nosso banco emocional. Ao impedirmos que eles se manifestem adequadamente nos tornamos devedores a nós mesmos, afetando nossa energia vital. Quanto mais nos bloqueamos por dentro, menos energia sobrará para sermos nós mesmos. Procuremos nos libertar das garras do passado. Aceitar o passado e olhar para o futuro com esperança ajuda a trazer de volta a paz perdida. Crescer, é se comprometer com a mudança. É modificar nossas respostas diante da vida. Crescer, é também, tentar compreender e expressar os sentimentos diante das situações constrangedoras.
Por fim, é preciso desarmar o coração desativando as "minas explosivas". Para tanto, é preciso esvaziar as prateleiras da alma, muitas vezes cheias de lembranças e sentimentos mal resolvidos, e enche-las com a presença de Deus. Bem melhor que ser um campo minado, é tornar-se um jardim florido, pleno de amor e alegria; um celeiro da paz.
>Em quanto está o seu saldo? Quantas minas já desativou? Para pensar...e agir.
Beijos.
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